Blog do Abud

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Bebo, não nego, e pararei quando puder.

segunda-feira, setembro 27, 2004

Celeuma vital

“To be or not to be, that is the question”

Porque escrever?
Para que a veracidade?
vos libertar
vos livrar,
mas sei que não mereces...
Sei o quanto das injurias da vida,
sei o quanto me queres desdém
[...]
Poesia é dor, dor anarquista
minha liberdade
cansei,
prefiro a utopia da vida,
do que a dor da realidade.

És tão roto, minguado
não vês o infortúnio da aura
não vês o egoísmo, inveja
a vida não lhe vale um mártir

talvez a formação
a máscara, o esconderijo
valha-lhe muito mais.

O meu fardo,
minha dor,
é vossa alegria
[...]
Oh...
Me diria Maquiavel:
dar-me-ei a soberania!
a minha? Cedas vós ao soberano
[...s...s...]
Usurpa, sucumbe, ostenta-se,
os males: chistes de vossa vida!

Tira-me a bonança clepsidra.
Mostra-lhe aos categóricos;
Fita-lhes o fim
que os afundam
em futilidade

estabilidade, nunca mais...
acabou-se...
Mostre ao mundo.
Jure a ti mesmo
vossa mudança

Liberte-se [...s...]
De “tua” ânsia duvidosa.

Hugo Abud